Não se isolar em casa é requisito básico para a qualidade de vida dos idosos. No entanto, ao sair de casa para ocupar a cidade, eles encontram ruas e outros espaços públicos como obstáculos para a mobilidade segura.
Calçadas desniveladas, esburacadas, estreitas ou inexistentes, praças sem manutenção adequada e transporte público com acessibilidade comprometida são pontos a serem encarados diariamente no ir e vir na cidade. Ser pedestre em Fortaleza já não é das tarefas mais fáceis; pedestre e idoso, então, é desafio diário.
Atenção redobrada no caminhar é essencial para evitar acidentes, mas a ação do poder público atenta e respeitosa ao envelhecimento da população é questão de garantia de direitos. Até agora, o Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), da Prefeitura, construiu o equivalente a 112 quilômetros de calçadas padronizadas na Capital com largura de 2,5 metros e rampas de acesso. Localizadas em grandes avenidas, no entanto, tais obras ainda são ínfimas às demandas e ao tamanho de Fortaleza.
Ônibus: Para os idosos que utilizam transporte público, os dramas do acesso incluem a dificuldade em subir e descer dos veículos – uma vez que as paradas não são niveladas -, o desrespeito dos demais usuários aos locais preferenciais e a impaciência de alguns profissionais em esperar a subida e a acomodação, evitando desequilíbrios e quedas dentro dos coletivos.
Segundo dados da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), da frota de 2.220 ônibus e vans da Capital, 59% são acessíveis, ou seja, possuem elevadores e assentos preferenciais. A meta é que a frota seja totalmente acessível até 2014.
No que diz respeito ao tratamento dos idosos nos coletivos, a empresa informa que são realizados treinamentos com os profissionais, como o Programação de Qualificação para Transporte de Passageiro com Deficiência e Mobilidade Reduzida, que foca em pessoas obesas, deficientes físicos, idosos e gestantes.
Fonte: Jornal O Povo (CE)